quarta-feira, 31 de julho de 2013

Intermission - Por que é diferente ser Protestante e ser "evangélico".

Graça e Paz a todos os que por aqui passam.

Hoje não preciso escrever. Vou postar 2 vídeos que falam por si próprios.

1 - Panorama da Cristandade no Brasil:




2 - Por que o Arminianismo, Confissão Positiva, Teologia da Prosperidade, Pentecostalismo e suas línguas enrolantes não fazem o menor sentido diante do Cristianismo Reformado (fruto da reflexão e investigação intelectual):




Simples, não?

Fiquem em Paz.

domingo, 28 de julho de 2013

Comentários ao Livro Seitas e Heresias do Pr. Raimundo de Oliveira - Capítulo 1

Graça e Paz aos leitores que por aqui aportam.

Dando sequência a postagem anterior, farei uma breve síntese do primeiro capítulo da obra mencionada e tentarei - dentro das minhas evidentes limitações - comentar os postulados do autor, bem como seus fundamentos.

Pois bem.

Neste capítulo inaugural, o autor aborda o segmento religioso predominante no Brasil, que é o Catolicismo Romano (ICAR), apresentando seus postulados fundamentais - revindicação da primazia como verdadeira e única Igreja de Cristo na Terra, Papado, Mariolatria, et al - fazendo uma descrição breve da história daquela Igreja, apontando conexões com os desvios cometidos pela mesma, os quais, segundo o autor, desaguaram em paganização paulatina, idolatria e busca desenfreada por poder representada pelos diversos cismas ocorridos no seio daquela instituição. Afirma ainda que Pedro não é a pedra fundamental da Igreja, e que a apologética católica promove interpretação absurda ao conceder a este apóstolo importância que o próprio Cristo não concedeu - utilizando inclusive do léxico grego para provar seu ponto de vista - complementando sua exposição com uma gama de versículos bíblicos e uma análise sócio-antropológica da pessoa de Pedro que lhe dissociaria completamente da figura de um "líder terreno quase crístico".

Para o cristão mediano, já há absurdos demais somente no primeiro parágrafo, porém, pasmem: ainda há mais.

Dedica o autor especial atenção a intercessão pelos mortos - pratica comum aos Católicos - mormente na questão do purgatório, que não possui nenhuma espécie de suporte bíblico, missas em memória daqueles, e a oferta de esmolas como "água para reduzir as chamas que consomem o morto sofredor". Trata ainda da pratica mais vil daquela instituição para adequar a Palavra de Deus aos seus objetivos nem sempre tão nobres: a tradição, instituto que ganhou uma relevância maior do que as Escrituras no seio Católico, somente comparável a adoração a Maria, mãe de Jesus Cristo, que através da elasticidade teológica da Igreja Católica, de partícipe da vinda do Cristo à Terra para redenção da humanidade, passou a protagonista, tomando-lhe o múnus intercessório junto a Deus para si.

Estes são os pontos deste capítulo que, em apertada síntese, creio serem os mais relevantes. Passo a analisar-lhes o mérito. 

Em princípio, tomo por procedente em boa parte a exposição feita pelo autor acerca da ICAR, principalmente no que tange a sua teologia desencontrada e pouco sólida se analisada exaustiva e unicamente à luz das Escrituras. É de se louvar que todo o argumento esposado pelo autor foi acompanhado de citações encadeadas de versículos bíblicos, não deixando margem para que se confirmasse o que já era esperado: a ICAR vive ao sabor dos próprios pensamentos, neste caso, dos pensamentos da Cúria e do Papa e não tendo por guia a Palavra de Deus. Como é cediço, tal comportamento não é lícito ao Cristão apud Ef 4:17, e somente isto já o é suficiente para que caiam por terra todas as milhares de ramificações sem fundamento bíblico qualquer que existem dentro da ICAR, a começar pelo próprio papado.
Entendo, SMJ, que a ICAR abdicou da cristandade há muito, e, pasme, não se envergonha disso, pois, mesmo ciente de que não se trata mais de uma Igreja Cristã - muito embora fale de Cristo - ela se satisfaz em si mesma, e ensimesmada vive ao sabor da vaidade de sua mente, entenebrecida no entendimento, e, dentro de seus suntuosos palácios, completamente afastada da realidade da Palavra de Deus.

Vou dedicar a próxima postagem aos pontos que acho mais relevantes da "obra" da ICAR: a Mariolatria e a Tradição como fonte teológica. Estou certo de que estes pontos são os mais intrigantes para qualquer Cristão que já ouviu a tal "Ave Maria..." e se perguntou onde cargas d'água está escrito isso na Bíblia, já que o Pai Nosso está em Mt 6:9.

Concluo, por ora, citando Ef 4:15 - Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

Fiquem em Paz.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Comentários ao Livro Seitas e Heresias do Pr. Raimundo de Oliveira - Introdução

Dando sequência aos "cavalos em disparada", propus-me a ler a obra mencionada no título da postagem, que, segundo sua editora (CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus), é um verdadeiro Best Seller. Este comentarista realmente não duvida disto, afinal, se há sensacionalismo no meio Cristão, ele se dá quando nos colocamos em posição de "avaliar" (julgar seria melhor, mas Lc 6:41 lembraria a todos que não devemos julgar a nada e nem ninguém, vez que nossos olhos encontram-se travados, coisa que a cristandade em geral se olvida) a crença ou prática alheia.

Aliás, antes de explicar a metodologia que utilizarei para avaliar a obra, quero abrir um parêntese para expor alguns pontos que acho relevantes quando avaliamos as práticas alheias arvorando-nos como cristãos e salvos. Primeiro, é de se notar que todas as denominações cristãs (protestantes históricas e tardias, pentecostais, neo pentecostais et al), postam-se como donos da verdade e da senda salvífica, não só perante o mundo, mas também uns em relação aos outros, quando na verdade, duas coisas são sólidas como rocha e verdadeiras como a alvorada: Deus sabe quem ele irá salvar e quem se importa com a salvação é só quem a busca, logo, creio ser temerário "avaliar" o outro sob uma ótica salvífica se por primeiro, só Deus sabe quem será salvo e em segundo escarnecer do outro porque ele não está preocupado tanto quanto você com a salvação. Segundo, mas não menos importante, Jesus Cristo era a Palavra de Deus encarnada (Jo 1:14), e como tal, apresentou-nos uma mensagem de extremo amor e tolerância. A avaliação feita pela cristandade em geral acerca daqueles que não comungam de seus pensamentos, ou que até creem mas não seguem sua linha de raciocínio é de extrema intolerância, incapacidade de compreensão e falta de vontade de descobrir porque tais primados tão distintos dos defendidos pelo "avaliador" cristão falaram tão fundo no espírito daquele antagonista provocando-lhe a metanóia. Li esta obra justamente em respeito a estes dois pontos, os quais considero fundamentais na minha vida e prática cristã diária. Não há cristianismo sem tolerância e sem digressão intelectual dos argumentos postos a debate, tendo a Bíblia como referencial, evidentemente.

Cada capítulo do livro renderá uma postagem com uma síntese do capítulo e minhas impressões quanto a capacidade do autor em expressar suas idéias e defendê-las, além de oferecer contrapontos fundamentados na Bíblia e na realidade de alguns fatos que entendo desconhecidos ao autor da obra. Adotarei esta metodologia para que a coisa não fique enfadonha.

Bem, aproveite a leitura e que eu possa trazer a quem lê o esclarecimento necessário para que convivamos em paz.

Fiquem com Deus.

terça-feira, 23 de julho de 2013

O que será que nós queremos com Deus, afinal?

Título sugestivo, porém, auto-explicativo.

O título é adequado para provocar uma reflexão séria e honesta sobre o que nós realmente desejamos da figura do Criador. Longe de mim ser arminiano e dizer que Deus faz tudo o que eu quero na hora em que eu quero porque Ele me ama - aliás, ouso dizer que isso soa um tanto ridículo, quando falamos de quem detém todo o Poder, Honra e Glória - porém, a partir de minhas observações do cotidiano, posso afirmar que as pessoas realmente não estão interessadas em quem é Deus e sim no que Ele pode dar a nossa vida aqui, no mundo.

Na madrugada de domingo para segunda fui com minha esposa ao pronto-socorro. Ela sentia fortes dores no peito e ficou em observação enquanto era medicada. Durante tal tempo, ficamos expostos à "programação doutrinária" da IURD no televisor da sala de repouso. Não precisa ser Calvinista, teólogo, apologeta ou especialista para notar que a Bíblia passou longe dali. Basta ter bom senso.

Não digo que não existam pessoas ali que legitimamente postulam um conforto às suas aflições junto ao Senhor, pois a Verdadeira Igreja (e a presença de Deus) se estabelece com a reunião de dois ou mais em nome do Senhor (Mt 18:20) e não com as instalações físicas da mesma, e não somos pedra de esquina ou desprovidos de trave nos olhos (Lc 6:41) para dizer quem ali tem fé ou não no Senhor, porém o que mais intriga são as motivações diversas que levam milhares aos "congressos empresariais" ou "congressos para o sucesso" que a IURD realiza toda segunda-feira com seus 318 pastores fazendo proselitismo de interpretações pouco sustentáveis de trechos da Palavra, porém que são como verdadeiro bálsamo para as aflições mais comuns daqueles que possuem a fé dentro de si tal qual pedra rugosa, necessitando de lapidação adequada.

Ao longo de 3 horas, repetiram-se à exaustão primados como "revolte-se contra sua situação", "ensinaremos como usar sua fé para mudar sua vida financeira", "seu emprego não te paga o suficiente porque não é abençoado", "seu negócio não prosperou porque Deus não te deu a visão ampla do que vai ser benção pra você", entre outras pérolas. Mas o esforço maior não era "vender" a idéia de que a fé é consectário lógico da prosperidade, e sim de que todas as visões críticas acerca das práticas nada usuais da IURD são, na verdade, preconceito. Sim, caro leitor, preconceito, como se eles fossem o povo da aliança dos novos tempos, perseguido por egípcios, neemitas e outros "itas", escondidos nas outras denominações religiosas, portadores do "canal direto de benefícios do criador" e que se existem articulistas como este que vos fala, que não concordam e acham tais procedimentos um exemplo claro de aberração, o fazem porque não conseguem desfrutar dessa "exclusividade". Nada poderia ser mais vazio.

Acho que, neste caso, citar todos os versículos bíblicos que regem nossa relação com o Criador seria desnecessário e pouco prático, pois quem tem conscência da relação pessoal com Deus e sua função em nossas vidas, sabe que Ele não é afeto às coisas do mundo, e, para tanto, deixou-nos claro que nos proveria o que necessitassemos (Mt 6:25-33), desde que nós buscássemos o Reino dos Céus, para que nos fosse acrescentado tudo aquilo que nos é de fato necessário. No comando bíblico temos uma premissa clara: nosso foco é o Reino dos Céus, a SALVAÇÃO. O que nos é acrescentado materialmente aqui, ao talante do Criador, é porque ele entende que nos é necessário para cumprir Seus propósitos.

Por fim, repito, tal qual um "mantra", o que diz a Palavra em João 16:33: Tenho vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.

Ninguém disse que seria fácil ou velozmente abrandado, conforme a nossa conveniência. Tudo o é de acordo com a Glória do Senhor.

Diante disso, pergunto: o que você quer com Deus, afinal? A resposta, Ele já sabe desde antes da criação do mundo.

Fiquem em paz.