domingo, 28 de julho de 2013

Comentários ao Livro Seitas e Heresias do Pr. Raimundo de Oliveira - Capítulo 1

Graça e Paz aos leitores que por aqui aportam.

Dando sequência a postagem anterior, farei uma breve síntese do primeiro capítulo da obra mencionada e tentarei - dentro das minhas evidentes limitações - comentar os postulados do autor, bem como seus fundamentos.

Pois bem.

Neste capítulo inaugural, o autor aborda o segmento religioso predominante no Brasil, que é o Catolicismo Romano (ICAR), apresentando seus postulados fundamentais - revindicação da primazia como verdadeira e única Igreja de Cristo na Terra, Papado, Mariolatria, et al - fazendo uma descrição breve da história daquela Igreja, apontando conexões com os desvios cometidos pela mesma, os quais, segundo o autor, desaguaram em paganização paulatina, idolatria e busca desenfreada por poder representada pelos diversos cismas ocorridos no seio daquela instituição. Afirma ainda que Pedro não é a pedra fundamental da Igreja, e que a apologética católica promove interpretação absurda ao conceder a este apóstolo importância que o próprio Cristo não concedeu - utilizando inclusive do léxico grego para provar seu ponto de vista - complementando sua exposição com uma gama de versículos bíblicos e uma análise sócio-antropológica da pessoa de Pedro que lhe dissociaria completamente da figura de um "líder terreno quase crístico".

Para o cristão mediano, já há absurdos demais somente no primeiro parágrafo, porém, pasmem: ainda há mais.

Dedica o autor especial atenção a intercessão pelos mortos - pratica comum aos Católicos - mormente na questão do purgatório, que não possui nenhuma espécie de suporte bíblico, missas em memória daqueles, e a oferta de esmolas como "água para reduzir as chamas que consomem o morto sofredor". Trata ainda da pratica mais vil daquela instituição para adequar a Palavra de Deus aos seus objetivos nem sempre tão nobres: a tradição, instituto que ganhou uma relevância maior do que as Escrituras no seio Católico, somente comparável a adoração a Maria, mãe de Jesus Cristo, que através da elasticidade teológica da Igreja Católica, de partícipe da vinda do Cristo à Terra para redenção da humanidade, passou a protagonista, tomando-lhe o múnus intercessório junto a Deus para si.

Estes são os pontos deste capítulo que, em apertada síntese, creio serem os mais relevantes. Passo a analisar-lhes o mérito. 

Em princípio, tomo por procedente em boa parte a exposição feita pelo autor acerca da ICAR, principalmente no que tange a sua teologia desencontrada e pouco sólida se analisada exaustiva e unicamente à luz das Escrituras. É de se louvar que todo o argumento esposado pelo autor foi acompanhado de citações encadeadas de versículos bíblicos, não deixando margem para que se confirmasse o que já era esperado: a ICAR vive ao sabor dos próprios pensamentos, neste caso, dos pensamentos da Cúria e do Papa e não tendo por guia a Palavra de Deus. Como é cediço, tal comportamento não é lícito ao Cristão apud Ef 4:17, e somente isto já o é suficiente para que caiam por terra todas as milhares de ramificações sem fundamento bíblico qualquer que existem dentro da ICAR, a começar pelo próprio papado.
Entendo, SMJ, que a ICAR abdicou da cristandade há muito, e, pasme, não se envergonha disso, pois, mesmo ciente de que não se trata mais de uma Igreja Cristã - muito embora fale de Cristo - ela se satisfaz em si mesma, e ensimesmada vive ao sabor da vaidade de sua mente, entenebrecida no entendimento, e, dentro de seus suntuosos palácios, completamente afastada da realidade da Palavra de Deus.

Vou dedicar a próxima postagem aos pontos que acho mais relevantes da "obra" da ICAR: a Mariolatria e a Tradição como fonte teológica. Estou certo de que estes pontos são os mais intrigantes para qualquer Cristão que já ouviu a tal "Ave Maria..." e se perguntou onde cargas d'água está escrito isso na Bíblia, já que o Pai Nosso está em Mt 6:9.

Concluo, por ora, citando Ef 4:15 - Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

Fiquem em Paz.

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